Tenho por toda defesa o meu sorriso de barcos luminosos.
Para toda tristeza tenho a alegria de um pardal silencioso.
Para toda angústia os meus dedos a atravessarem o tempo.
Para toda carência a plenitude intensa da vida.
Para toda mentira a sinceridade dos meus lábios.
Para todo abandono o meu corpo de árvore.
Para todo desassossego a calma dos meus olhos serenos.
Para qualquer queda o infinito dentro de mim.
Belíssimo texto!
ResponElimina"para qualquer queda o infinito dentro de mim"..
Sem fantasias não se encanta o cotidiano.
Abraços, flores, estrelas.
Obrigado, Edson, eu é que adoro também os teus textos, como imagino que sabes.
ResponEliminaSem a verdade que se deixa transparecer não se encanta o quotidiano. Por isso essa fantasia flui como um rio luminoso, tocando as nossas vidas.
Sorrisos desde o berço da Lusofonia, desde esta Galiza lusófona cada dia mais e mais livre.
Um abraço tão grande como a distância da Galiza ao Brasil.
Tem-te, amigo. Tem-te a ti mesmo, em verdade e fantasia, mas na verdade tem-te. Porque, e se o sal ficar insoso, com que haveis de temperar? Tende o sal dentro de vós, e vivei em paz uns com os outros. Creio que isto dizia alguém cujo nome demasiados usaram.
ResponEliminaTer-me-ei, amigo Pedro, ter-me-ei. Sempre nos temos a nós próprios, e isso é mesmo mais importante do que pensamos. O facto de contarmos sempre com nós mesmos é uma imensa riqueza. Obrigado polo conselho, que recolho e espalho sobre os meus olhos acarinhando a forma com que vivo.
ResponEliminaUm abraço e um sorriso.
Aberto à plenitude e à certeza da tua viagem necessária, ainda que se sangre nela, ou talvez mesmo por isso.
ResponEliminaNão tenhas nunca reparo do lugar em que estiveres, se aí morar o coração e o seu sussurro luminoso.
Saúde, meu.