Sentes o peso dos dias, o mar batendo nas rochas, a areia do tempo caindo nas tuas mãos, o peito enorme e silencioso onde guardas várias línguas e o rumor das palavras em calma.
Sentes, devagar, a profundidade dentro de ti, os búzios a cantarem no lugar onde o medo é uma simples paisagem, no lugar onde a vida se contempla a si própria. Sentes, na primeira raiola do dia, uma carícia simples, perfumada, vermelha.
Amanhece: a sereia da luz abre as tuas pálpebras.
Sentes, devagar, a profundidade dentro de ti, os búzios a cantarem no lugar onde o medo é uma simples paisagem, no lugar onde a vida se contempla a si própria. Sentes, na primeira raiola do dia, uma carícia simples, perfumada, vermelha.
Amanhece: a sereia da luz abre as tuas pálpebras.
Caro Xavier:
ResponEliminaVejo que segues a encapsular o que sentes numa melodia tensamente formosa. O caminho é, muitas vezes, estranho e demorado, com perguntas e voltas, mas isso faz parte da nossa condição. Alegro-me de comprovar que a escrita segue a transmitir essa necessária pulsão de Vida para descobrir tudo, nas pálpebras de todo ser.
Saúde e abraços.