I
Menos lobos, caperucita. Agora é um tempo sem passado nem futuro. Os limites do eu são uma criação artificial e fictícia. Nada do que se resigna é o único e absoluto potencial da vida. Toda ideia é um caos permanente que se reconstrói e se degrada num continuum ad infinitum. Seguir um caminho é perder-se no abismo. A liberdade provém da ausência de sendeiros, de ideias, de formas. No silêncio toda beleza preexiste. Nada do que o eu crê é verdadeiro.
A vida só pode ser aquilo que se descobre, humildemente.
Cuido-me. Cuida de mim a vida, esse mistério, eu. Algumas vezes, também, o meu corpo cuida de mim, mesmo agora, na doença mais necessária.
Cuida de ti, liberta a palavra da vida.
II
Integração e desintegração é o movimento da vida, essa luz que permanece na diversidade das formas, essa luz que se desenvolve.
Há uma alegria verdadeira em cada instante, uma alegria humilde reconhecendo-se, descobrindo-se.
Abertas as palavras, o único modo da vida é esse reconhecimento.
Cuidar-me? Talvez não haja nada que cuidar. Só descobrir é.
O dia é luminoso. Não existem guerras.
Vejamos o que uma flor pode fazer no teu rosto:
III
uih uih uih...
dizes-me "obrigado" tu? ...é tão lindo o feminino linguístico, e tu que prescindes do seu uso... que mágoa...!
que língua é essa?
contudo, abandonas a terceira pessoa para um tratamento direto.
vive-te. desculpa este mandato, esta imposição.
acompanha-me um sol de outono, uma camisa lilás, uma bronquite reparadora.
as moças mais bonitas são as que falam em Galego.
Beleza é a palabra que mellor decribiría a vida,presente o instante único e esa é a fusión que tí tan ben expresas aquí....
ResponEliminaque grande sorpresa iste descobrimento!
beijho.
... obrigadA, Poeta :)
ResponEliminaFalta a outra metade desta correspondencia...
ResponEliminaVermella:
ResponEliminaObrigado eu.
Anónima:
Potonzinhos!
Mara:
Pois falta. :-)