divendres, 25 de setembre del 2009

Carta, palavras, três vezes vida.

I

Menos lobos, caperucita. Agora é um tempo sem passado nem futuro. Os limites do eu são uma criação artificial e fictícia. Nada do que se resigna é o único e absoluto potencial da vida. Toda ideia é um caos permanente que se reconstrói e se degrada num continuum ad infinitum. Seguir um caminho é perder-se no abismo. A liberdade provém da ausência de sendeiros, de ideias, de formas. No silêncio toda beleza preexiste. Nada do que o eu crê é verdadeiro.

A vida só pode ser aquilo que se descobre, humildemente.

Cuido-me. Cuida de mim a vida, esse mistério, eu. Algumas vezes, também, o meu corpo cuida de mim, mesmo agora, na doença mais necessária.

Cuida de ti, liberta a palavra da vida.

II

Integração e desintegração é o movimento da vida, essa luz que permanece na diversidade das formas, essa luz que se desenvolve.

Há uma alegria verdadeira em cada instante, uma alegria humilde reconhecendo-se, descobrindo-se.

Abertas as palavras, o único modo da vida é esse reconhecimento.

Cuidar-me? Talvez não haja nada que cuidar. Só descobrir é.

O dia é luminoso. Não existem guerras.

Vejamos o que uma flor pode fazer no teu rosto:

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III

uih uih uih...

dizes-me "obrigado" tu? ...é tão lindo o feminino linguístico, e tu que prescindes do seu uso... que mágoa...!

que língua é essa?

contudo, abandonas a terceira pessoa para um tratamento direto.

vive-te. desculpa este mandato, esta imposição.

acompanha-me um sol de outono, uma camisa lilás, uma bronquite reparadora.

as moças mais bonitas são as que falam em Galego.

4 comentaris:

  1. Beleza é a palabra que mellor decribiría a vida,presente o instante único e esa é a fusión que tí tan ben expresas aquí....
    que grande sorpresa iste descobrimento!
    beijho.

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  2. Falta a outra metade desta correspondencia...

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  3. Vermella:

    Obrigado eu.

    Anónima:

    Potonzinhos!

    Mara:

    Pois falta. :-)

    ResponElimina

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