[…]
Um dos contributos do espanholismo linguístico recente é a questão
económica. Ele utiliza a língua como “bem comum” e como “bem
pan-hispânico” ou como língua “pan-hispânica”, utilizando
todos estas características que citei anteriormente sobre a
conversão de uma língua local em uma língua supra-local e
supra-étnica. Isto todo é utilizado para justificar a – entre
outras cousas – expansão das empresas capitalistas multinacionais
de capital fundamentalmente espanhol, ou predominantemente espanhol,
na América, para fazer negócios na América, quer dizer, para
explorar os americanos e continuar a obter benefícios utilizando o
apoio do Estado, empregando ademais a ideia de que estas empresas têm
mais direito que outras que não usam o Espanhol porque “o Espanhol
faz-nos irmãos, o Espanhol une, o Espanhol é um ativo positivo que
beneficia todo o mundo”. Na verdade, quem se beneficia ou quem tira
benefícios são estas empresas multinacionais. O povo ainda que fale
Espanhol na América – e aqui [na Catalunha], por desgraça,
continuará mergulhado na mais absoluta miséria. Ainda que agora
estão a dizer aos indígenas americanos que aprenderam o Espanhol
“para progredir” e continuam na miséria, e agora estão a
dizer-lhes que aprendam o Inglês “para progredir”, e então
aprenderão Inglês e continuarão na miséria, porque na verdade o
problema não é aprender idiomas [para, teoricamente, progredir] o
problema é o capitalismo opressor e a ditadura do capital
internacional financeiro que é aquilo que está a empobrecer a
humanidade de uma forma absolutamente insuportável. […]
JUAN
CARLOS MORENO CABRERA em entrevista feita para a editora basca
Txalaparta na feira LITERAL 2015 de Barcelona (Países Catalães).
[Tradução para o Português da Galiza feita polo autor do blogue. A frase acrescentada entre colchetes é
intencionalmente minha.]
Original
em Espanhol madrileno:
[...] Una de las aportaciones del españolismo lingüístico reciente es la cuestión económica. Aquí de lo que se trata es de utilizar la lengua como bien común y como bien panhispánico o como lengua panhispánica, utilizando todos estos rasgos que he mencionado antes de la conversion de una lengua local en una lengua supralocal y supraétnica. Todo esto se utiliza para justificar la – entre otras cosas – expansión de las empresas capitalistas multinacionales de capital fundamentalmente español, o predominantemente español, en América, para hacer negocios en América, es decir, para explotar a los americanos y seguir obteniendo beneficios utilizando el apoyo del Estado, utilizando además la idea de que estas empresas tienen más derecho que otras que no usan el Español puesto que “el Español nos hermana, el Español une, el Español es un activo positivo que beneficia a todo el mundo”. En realidad, a quien beneficia o quien saca beneficios son estas empresas multinacionales. La gente aunque hable Español en América – y aquí [en Cataluña], por desgracia, seguirá sumida en la más absoluta miseria. Aunque ahora están diciendo a los indígenas americanos que aprendieron el Español “para progresar” y siguen en la miseria, y ahora les están diciendo que aprendan el Inglés “para progresar”, y entonces aprenderán Inglés y seguirán en la miseria, porque aquí el problema no es aprender idiomas, el problema es el capitalismo opresor y la dictadura del capital internacional financiero que es la que está empobrecendo la humanidad de una manera absolutamente insoportable. […]
JUAN
CARLOS MORENO CABRERA em entrevista feita para a editora basca
Txalaparta na feira LITERAL 2015 de Barcelona (Países Catalães)
Cap comentari:
Publica un comentari a l'entrada